Belo Horizonte, 14/06/2014, esse
autor que vos escreve teve a felicidade
de acompanhar ao vivo um jogo de Copa do Mundo, e que jogo! e que clima! Os
colombianos fizeram Belo Horizonte parecer Bogotá e o Mineirão se transformou
em El Campín! E se transformou mesmo, porque não tínhamos uma plateia de
colombianos, era torcida, era la hinchada de Colômbia! Que vibrou, chingou e
chorou com sua seleção, foi de fato uma das experiências futebolísticas mais
emocionantes da minha vida.
Especificamente sobre o jogo, o
time da Casa estava alinhado taticamente em um 4-1-3-2 – Ospina; Zapata, Yepes,
Sanches e Armero (Arias); Zuniga, Aguilar (Mejia), James Rodriguez e Cuadrado;
Ibarbo e Gutierrez (Martinez) – que devido a intensa movimentação de Pablo
Armero, se transformava em um 3-5-2,
visto que Zapata, zagueiro de origem pouco se arriscava ao ataque, deixando o
corredor direito a cargo de Zuniga, com
James Rodrigues flutuando por todo o campo sem obrigações defensivas. Já a
Grécia se alinhou em um 4-3-3 – Karnezis; Maniatis, Manolas, Kone (Karagounis)
e Torosidis; Katsouranis, Papastathopoulos, Cholevas e Sapingidis
(Fetfatzidis); Gekas (Mitroglou) e Samaras –
Com a bola rolando, a Colômbia começou o jogo motivada, pressionando os gregos em seu campo de defesa e com muita velocidade ao trocar passes, com apenas 5 minutos Cuadrado avança pela direita e cruza para chute de Armero, que desviou no zagueiro grego e entrou chorando para o gol.
Com a bola rolando, a Colômbia começou o jogo motivada, pressionando os gregos em seu campo de defesa e com muita velocidade ao trocar passes, com apenas 5 minutos Cuadrado avança pela direita e cruza para chute de Armero, que desviou no zagueiro grego e entrou chorando para o gol.
Após o gol o time grego, muito voluntarioso subiu suas
linhas e chegou até a fazer certa pressão na Colômbia que naturalmente e
conscientemente recuou em busca de contra-ataques, mas se sobrava vontade aos
gregos, faltava técnica. Os gregos trocavam bem a bola até aquele passe final
que nunca entrava. O trio ofensivo Gekas, Samaras e Salpingidis jogaram até
bem, mas não o suficiente. O goleiro Ospina foi exigido apenas uma vez em um
chute no ângulo de Kone.
O Segundo tempo começou como o
primeiro, os Colombianos voltaram mais bem postados e a pressão grega não fazia
tanto efeito quanto ao final da primeira parte da peleja. Aos 12 minutos
em uma jogada claramente ensaiada, James Rodrigues bate um escanteio no
primeiro pau, a bola é desviada levemente por Yepes, cruza toda a pequena área
e se oferece para Téo Gutierrez, o controverso substituto de Falcão Garcia no
comando de ataque Colombiano empurrar para o Gol (2X0), tranquilidade no Mineirão.
A bola agora ficava mais tranquila nos pés dos Colombianos e as arquibancadas
ditavam o ritmo aos gritos de Olê, Olê...uma nota que a seleção da
Colômbia se envolveu com a euforia das
arquibancadas e foi preciosista demais em alguns lances, principalmente o
Camisa 10 James Rodrigues que sem Falcão se
tornou a referência do time. Em
uma bola perdida no campo de ataque a Grécia em uma jogada de pivô de Samaras,
viu Mitroglou carimbar a trave de Ospina e quase complicar o jogo.
Entretanto, quando essa habilidade vai em
direção ao gol, podem sair lances lindos como a pintura que foi o terceiro gol,
já aos 47 do segundo tempo. Um misto de técnica e habilidade entre Cuadrado e
James Rodrigues que finalizou com extrema perícia no canto do goleiro.
A Colômbia vem forte e
disciplinada, um time muito bem regido pelo argentino José Peckerman e que
certamente pode ser uma surpresa na Copa,
principalmente se esses grandes
valores individuais se comprometerem em jogar efetivamente como uma equipe, e
como colocado no título dessa crônica, mesmo sem Falcão, várias andorinhas podem sim fazer verão e
talvez até quem sabe trazer esse título
inédito e histórico para o futebol Colombiano.