sábado, 5 de julho de 2014

Brasil e a Fantástica Fábrica de Vilões Nacionais. Agora só o Zuñiga é Macaco

Logo após o lance da joelhada Neymar Jr., findado o calor do jogo, parei para observar a reação da imprensa e das redes sociais a respeito do caso.

Como apreciador do futebol e modéstia a parte entendedor do velho esporte bretão, da pra saber quando um lance é maldoso e quando é um acidente derivado de uma disputa forte. Mario Balotelli, no jogo Itália x Uruguai, aquele jogo da mordida, protagonizou um lance idêntico em uma disputa de bola contra o Uruguaio Cáceres, o Italiano chegou com o Joelho na nuca do seu adversário, pegou de raspão, porém o lance é aclamado pela "loucura" do italiano e pela "guerra"  que virou aquela partida, no sentido  positivo da palavra.

  
Do mesmo modo era Brasil e Colômbia, Camilo  Zuñiga estava defendendo seu país com a alma de um guerreiro,  como David Luiz  e Thiago Silva defendiam a seleção amarela, jogadores em um mata-mata tem que entrar firmes, não houve maldade, houve firmeza. Inclusive o camisa 10 colombiano James Rodrigues foi caçado por Fernandinho o jogo inteiro e no âmbito  geral a partida registrou um total de 54 faltas, 31 do time de Felipão,  ou seja, o jogo era peleado das duas partes.

Pós jogo a começou um processo que a imprensa brasileira, sabe bem fazer, criar um inimigo nacional. Foi extremamente tendencioso o relato das duas tv's abertas que transmitiam o cotejo, principalmente o senhor Galvão Bueno, na transmissão e no jornal nacional. A CBF exige que o exagero de punição aplicado a Luis Suarez, seja dado ao colombiano, por um  lance  que o árbitro estava vendo claramente e  não entendeu como cabível de cartão vermelho. Estão tentando criar um vilão...


O povo brasileiro, como sempre frisei, fracasso total como civilização, nas redes sociais parte para agressões de conotação racista ao colombiano, esse mesmo povo que se “solidarizou" ao Dani Alves no caso da banana, dois  pesos e duas medidas desses Yellow Blocks  brancos de classe média/alta ,verde e amarelos com muito orgulho e com  muito amor, que se acham superiores aos seus iguais. Por esse tipo de gente que com toda sinceridade tenho um certo asco por essas terras brasileiras, e pena por essa gente tão atrasada.  Ainda precisaremos de décadas, quem sabe séculos para mudar essa realidade.