Depois de um longo e tenebroso inverno sem publicações,
volto nesse dia especial – de final de UEFA CHAMPIONS LEAGUE. Peço licença aos
torcedores e admiradores do Barça que
acompanham esse blog, mas o time catalão já foi esmiuçado mais de uma
vez. Esse post, tem mais a conotação de uma homenagem, a uma era que se acaba,
a era dos anos 90 e uma geração de jogadores inesquecíveis, representada nessa
final de UCL, pelos remanescentes da Classe de 92, geração de ouro promovida
das categorias de base de Old Trafford, nomes como David Beckham, Ryan Giggs,
Paul Scholes, Butt e os irmãos Neuville que elevaram a equipe de Manchester a
um patamar diferente tanto em escala nacional, quanto em uma escala
continental.
Nesses 20 anos de Fergunson, alguns craques passaram por
Manchester, principalmente nos anos 90. O jovem David Beckham, talvez em certa
época, o passe mais preciso do mundo; O paredão Peter Schmeichel, o melhor goleiro
que vi; o incansável Roy Keane e o interminável Ryan Giggs, titular em 1992,
junto com seus jovens companheiros; titular em 1999 na virada contra o Bayern,
titular em 1997 na decisão da Europa contra o Chelsea e titular nessa decisão
de 2011. Ah, já ia me esquecendo, tinha também o Cantona, centro-avante
clássico, toque refinado e maravilhosos gols.
Dentre os adversários dos Devils, destaco o Arsenal
imbatível e Denis Bergkamp; contra os Devils, Oliver Kahn foi batido em final
de Champions League; a época que o Chelsea era apenas um modesto time da zona
oeste de Londres, e freguês do Manchester, havia Gianfranco Zola; na Itália,
Del Piero e Zizou na Juve, Maldini desfilava em San Ciro, enquanto a Toscana
vibrava com Batistuta e a Viola de Florença. O Barcelona, adversário de hoje
contava com Romário, Stoichkov e Rivaldo, de Madri o ainda sobrevivente Raul. O
La Coruña era forte, com Bebeto, Djalminha e Mauro Silva, ameaçava os dois
gigantes.
Com o Atlético (Galo),
meu pai me ensinou a torcer, a sofrer e amar um clube, uma relação meio
religiosa, até um pouco ideológica – todos temos esse tipo de afeto. Mas, foram
esses jogadores da geração 90, representados no time de Old Trafford nessa
final que me ensinaram a amar o esporte, a essência do jogo, o futebol bem
jogado.
Assim termino com um profundo agradecimento à Classe de 92,
bem como todos os craques que desfilaram nos anos 90. Vemos hoje uma passagem
de bastão do protagonismo do futebol, uma geração que brilhou em 20 anos
entrega para uma que brilhará nos próximos 20, personificada no craque Messi.