quarta-feira, 2 de março de 2011

The Song Remains The Same (A Canção Continua a Mesma)


Em um texto sobre o Liverpool e seu comandante Kenny Dalglish, seria mais adequada uma referencia a alguma canção dos Beatles, porém o título dessa obra prima do Led Zeppelin se encaixa melhor ao que tenho a escrever.
Bom, nessa temporada os Reds fazem uma campanha muito aquém de suas possibilidades,  ocupam o modesto 6º lugar da Premier League, todavia, se recuarmos até meados de outubro e novembro e relembrarmos a colocação da equipe sob o comando do técnico Roy Hodson (flutuava entre o 15º e o décimo 12º posto do campeonato inglês, correndo risco até de um possível rebaixamento), percebemos que algo especial vem acontecendo em Anfield Road. Esse toque mágico, a mudança de ares se deve única e exclusivamente a um só homem: Kenny Dalglish – ex-jogador, ex-técnico, lenda, uma divindade para o lado vermelho do Mersey – que por sua vez aceitou assumir interinamente o cargo de técnico do Liverpool.
Antes da atual revolução liderada por Kenny, cabe um pouco de história aos que não conhecem a grandeza desse nome. Em 20 anos de carreira, Kenny atuou por apenas 2 clubes: Glasgow Celtic de 1970 até 1977 e no Liverpool de 1977 até 1985,  como técnico o mesmo comandou os Reds de 1985 até 1991. Em seu Curriculum estão acumulados 4 títulos da primeira divisão escocesa e quatro títulos da Copa da Escócia; já em Merseyside  são seis títulos da Primeira Divisão Inglesa, 1 título da Copa da Inglaterra, 4 Copas da Liga, e 3 Copas dos Campeões Europeus; Como técnico o mesmo tem 3 títulos da primeira divisão pelo Liverpool e um título da Premier League pelo modesto Blackburn. Obviamente, percebe-se que não se trata de um nome qualquer.
 Voltemos a temporada 2010/2011, Kenny não tinha nenhuma obrigação de assumir esse problema, assumir um time desmotivado com uma de suas principais estrelas, o atacante Fernando Torres, forçando uma barra tremenda para deixar o clube, seu principal ícone  Steven Gerrard vem sofrendo com várias contusões;  principalmente tendo que lidar com jogadores de qualidade técnica extremamente duvidosa que não tem a mínima condição de defender uma camisa tão gloriosa.  Dalglish já conquistou tudo como jogador e como técnico, já tem seu nome cravado na história, não precisava dessa aventura. Mas enfim, guerreiros nasceram para guerrear, Kenny precisava disso, viver novamente a adrenalina de defender o clube que aprendeu a amar. 
 
Venhamos e convenhamos o mesmo já pode se considerar vitorioso nessa nova empreitada, o Liverpool perdeu seu ícone Fernando Torres para o rival Chelsea, porém Kenny com conhecimento de causa trouxe duas promessas: O Uruguaio Luiz Suárez – velocidade e habilidade atreladas a um faro de gol incrível – e Andy Carrol – um tanque de guerra, força física para derrubar qualquer zagueiro que estiver em sua frente, provavelmente será o comandante do ataque inglês nas próximas copas. O título da Liga está perdido, mas a sexta colocação pela conjuntura dos fatos é um lugar no mínimo honroso por conta do pífio primeiro turno; por fim, o plantel não é suficientemente qualificado para brigar pelas Copas restantes, talvez a camisa jogue, mas acho difícil. Mesmo assim Kenny devolveu aos Scousers o fogo que se adormeceu no final da passagem de Rafa Benítez e no completo fracasso de Roy Hodson.

Para não concluir, o SOM DAS GLÓRIAS E DAS CONQUISTAS CONTINUA O MESMO, e Kenny é a pessoa certa para faze-lo tocar novamente pelas bandas de Anfield.
ass. Matheus Valle

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